Free Winds
Os “Solitários” são sobreviventes que, por escolha ou circunstância, não se alinharam a nenhuma das facções ou grupos maiores que surgiram após o colapso. Eles se juntaram na luta pela sobrevivência em Deer Isle, mas optaram por não seguir lideranças ou aderir a sistemas estabelecidos. Esses indivíduos vagam pela ilha em busca de suprimentos e segurança, utilizando apenas suas habilidades e instinto para se manterem vivos. Alguns são caçadores experientes, outros ex-militares, enquanto muitos são simples civis que aprenderam a sobreviver na marra, sem confiar em mais ninguém.
A diversidade de habilidades é uma das maiores forças dos Solitários. Enquanto alguns sabem caçar e rastrear, outros têm conhecimento sobre primeiros socorros, orientação ou mecânica. Eles confiam nessas competências individuais não só para sobreviverem sozinhos, mas também para contribuírem nas alianças temporárias que formam ao longo de suas jornadas. Quando encontram outros Solitários, frequentemente se unem por conveniência, formando pequenos grupos para aumentar suas chances de encontrar recursos ou se defender contra ameaças. Contudo, essas alianças costumam ser passageiras e se desfazem rapidamente quando os suprimentos se tornam escassos ou quando o perigo aumenta.
Os Solitários operam de forma completamente descentralizada, sem um líder fixo ou qualquer tipo de hierarquia. As decisões são tomadas em conjunto, com base no consenso e na experiência prática de cada membro. Essa dinâmica permite uma grande flexibilidade e agilidade, uma vez que não precisam esperar por ordens ou seguir protocolos. Cada sobrevivente é responsável por suas próprias ações, e a confiança entre eles é algo raro e valioso, conquistado apenas com o tempo e compartilhando riscos.
A vida dos Solitários é uma constante luta contra a incerteza. Eles não têm uma base fixa ou um lugar seguro para chamar de lar, se deslocando continuamente em busca de áreas menos perigosas e de recursos que ainda não foram pilhados. Essa instabilidade os obriga a permanecerem vigilantes, sempre prontos para fugir ou lutar caso sejam ameaçados. Eles evitam confrontos quando possível, preferindo usar sua mobilidade e conhecimento do terreno para escapar de situações perigosas. No entanto, quando encurralados, os Solitários podem ser combatentes ferozes, usando todas as táticas necessárias para garantir sua sobrevivência.
Apesar de seu nome, os Solitários não são totalmente avessos à companhia. Muitos deles sentem falta da convivência humana e do senso de comunidade, mas foram traídos tantas vezes ou perderam tantas pessoas queridas que preferem manter uma certa distância emocional. Assim, quando formam alianças, elas são baseadas mais na necessidade do que em laços afetivos. Ainda assim, em raros momentos de calmaria, é possível ver esses sobreviventes compartilhando histórias, dividindo um pouco de comida ou simplesmente desfrutando de um raro momento de companhia silenciosa.
Os Solitários representam uma abordagem pragmática e resiliente à sobrevivência. Eles não se iludem com promessas de resgate ou de reconstrução; para eles, o mundo mudou de forma irreversível, e sobreviver significa adaptar-se constantemente, sem criar raízes ou depender de algo ou alguém que possa desaparecer a qualquer momento. Sua força está na capacidade de se mover, de se adaptar e de nunca depender completamente de outros. Cada dia é uma nova batalha, e eles estão dispostos a enfrentar qualquer desafio que surja, sempre prontos para seguir em frente, sozinhos se for preciso.