The Abandoned

Conhecidos como os “Desolados”, esse grupo é formado por habitantes que perderam suas famílias e todas as esperanças de um futuro melhor. Unidos pela dor e pela convicção de que não há salvação possível, os Desolados são um reflexo sombrio do que acontece quando as pessoas são levadas ao limite. Eles rejeitam qualquer tentativa de restabelecer a ordem ou de reconstruir o que foi perdido, acreditando que o mundo já está condenado e que a única coisa que resta é sobreviver a qualquer custo.

Os Desolados se estabeleceram nos portos e áreas industriais da ilha, onde encontraram uma base estratégica para suas operações. Esses locais oferecem acesso a suprimentos essenciais, como alimentos e combustíveis, além de possíveis rotas de fuga marítimas, que eles controlam com mão de ferro. O grupo é extremamente territorial, protegendo suas áreas com barricadas improvisadas e patrulhas constantes. Qualquer tentativa de entrada em seu território é recebida com hostilidade e violência, pois eles acreditam que somente assim conseguirão garantir sua sobrevivência. Para eles, compartilhar recursos é o mesmo que enfraquecer suas chances de continuar vivos.

O lema dos Desolados, “cada um por si”, reflete a mentalidade de sobrevivência implacável que permeia o grupo. Eles são oportunistas e saqueadores, aproveitando-se do caos para acumular o máximo de recursos possível. Sem qualquer tipo de código moral ou restrição ética, eles saqueiam outros sobreviventes e atacam qualquer um que considerem uma ameaça ao seu domínio ou às suas provisões. Para os Desolados, alianças são vistas apenas como conveniências temporárias, sendo desfeitas assim que deixam de ser vantajosas.

A estrutura do grupo é descentralizada, sem um líder claro ou hierarquia formal. As decisões são tomadas por aqueles que se mostram mais fortes ou mais determinados em cada situação, e a lei do mais apto é o que prevalece entre eles. Esse modo de organização contribui para uma dinâmica instável, onde disputas internas por poder e recursos são comuns. No entanto, essa própria instabilidade é o que mantém o grupo em alerta constante e sempre pronto para reagir a qualquer ameaça externa.

A vida entre os Desolados é dura e marcada pela desconfiança. Cada membro sabe que, a qualquer momento, pode ser abandonado ou traído se se tornar um fardo para os demais. Apesar disso, há uma espécie de entendimento tácito entre eles — todos compartilham a mesma dor da perda e a mesma desesperança em relação ao futuro. Essa conexão, embora frágil, é o que permite que o grupo continue unido, mesmo que seja apenas pelo desejo comum de sobreviver mais um dia.

Os Desolados representam a face mais sombria da sobrevivência, aquela em que a empatia e a cooperação foram substituídas pelo instinto de autopreservação. Para eles, não há espaço para esperança ou para reconstrução — apenas para a dura realidade de um mundo que, aos seus olhos, já está perdido. Assim, eles continuam em seu caminho de saque e violência, determinados a sobreviver em um ambiente onde acreditam que somente os mais implacáveis têm alguma chance de ver o próximo amanhecer.

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